Satisfação no trabalho gera vantagem competitiva

[Imagem: Reprodução IBC]

Uma vez que o Capital Psicológico produz motivação à realização de metas, promovendo atitudes e comportamentos desejáveis, ele contribui para que a organização adquira vantagem competitiva. Isso ajuda o Sistema de Controle Gerencial, que pode aprimorar o potencial dos indivíduos, de acordo com a pesquisa realizada por Carolina Venturini para a sua tese de doutorado.

É necessário que a empresa tenha controle do que está sendo realizado para que se concretize o objetivo final, seja ele o lucro ou não. Para isso todos os recursos que ela tem, inclusive os humanos, devem assegurar de maneira eficiente e eficaz o cumprimento de metas. Se é preciso o controle de recursos, operações e processo produtivo, envolve-se também as pessoas que trabalham nessa empresa. “O Sistema de Controle Gerencial é uma forma de assegurar que a empresa vai alcançar seu objetivo, mas são as pessoas que fazem as coisas na organização. Então esses controles, na verdade, moldam ou formam o comportamento humano, ele não está controlando o dinheiro, está controlando a função das pessoas”, diz a pesquisadora.

O foco do Capital Psicológico (CP) é, então, melhorar o que a pessoa tem de bom e é considerado um diferencial na questão competitiva, já que funcionários realizados produzem mais. Ele é formado por quatro capacidades do ser humano: resiliência, autoeficácia (acreditar que se é capaz de fazer algo e, assim, tomar atitude de fazer), esperança (força de vontade para seguir metas e consegue escolher caminhos diferentes) e otimismo (conseguir algo positivo e ter consciência de que foi através do esforço e tentar reverter a situação quando algo não sai como planejado).

Esquema de metodologia de trabalho [Reprodução – Mello Azevedo]
Visão, missão e valores da empresa auxiliam a melhorar as quatro capacidades, pois os funcionários têm direcionamento do que a empresa quer. “Quando falamos de código de ética e qualquer outro limite as pessoas enxergam de forma coercitiva, mas ela sabe para onde ela está indo e como agir. Quando as regras estão claras, as pessoas fazem, afinal se sentem menos intimidadas”, continua Venturini.

Ao definir seu orçamento, a empresa também define sua produção e com isso os indicadores, metas e avaliações também surgem. “A empresa, além de ver o que está acontecendo, vê o responsável e porque não ocorreu conforme o planejado.”

Primeiramente, a meta é negociada e flexível, desafiadora, mas possível de ser alcançada. Quando o funcionário participa dessa parte de definir as metas isso ajuda a melhorar o potencial individual porque ele se sente participativo. A cobrança também precisa ser feita de maneira colaborativa. Segundo a pesquisadora, “no momento em que tem a reunião de metas, o funcionário sabe se as cumpriu ou não. Ao ir para a reunião com o chefe, ele precisa levar um plano de ação, o que torna mais que uma cobrança, mas uma conversa e melhora o CP”.

Um outro sistema de incentivo, como a participação no lucro, uma remuneração variável, elogios (como eleição de funcionário do mês), também estimulam a colaboração e a produtividade dos funcionários.

O CP aumenta a satisfação no trabalho e o comprometimento com o trabalho. Na teoria uma pessoa satisfeita trabalha melhor e o funcionário cria um vínculo com a companhia. A empresa adquire uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, pois seus colaboradores estão mais engajados.

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