Em 1954, os trabalhadores dos bananais hondurenhos protagonizaram a maior greve do país. A mobilização conseguiu diversas conquistas trabalhistas, principalmente a criação de uma legislação de trabalho. No plano institucional, a mobilização conduziu à primeira intervenção política das Forças Armadas para acabar com a ditadura e reestabeler o regime democrático. No entanto, nove anos depois, ocorreu um novo golpe de Estado, liderado que manteve os militares no poder durante 34 anos. Em 1972, os militares hondurenhos arquitetaram um novo golpe. A primeira fase do governo militar hondurenho caracterizou-se pela execução de projetos reformistas que exigiram uma série de empréstimos internacionais. Em meio às reformas muitos militares e empresários enriqueceram ilicitamente.A segunda fase do governo militar hondurenho caracterizou-se pela construção de uma ideologia de segurança nacional que culminou em repressão às organizações camponesas e aos movimentos populares. Em 1981, em meio a uma grave crise econômica, foi instalado um governo civil, porém, controlado pelos militares. O país foi dominado pelos Estados Unidos que converteram o país em uma base militar estadunidense. Aumentaram as violações contra os direitos humanos tendo sido reprimidos os militantes de esquerda e simpatizantes do sandinismo. Como consequência, cerca de mil pessoas desapareceram ou foram detidas e torturadas em prisões clandestinas. No início da década de 90, e em meio a uma grave crise econômica, teve início a institucionalização democrática em Honduras (JINKINGS,2006).
Sítios de Memória de Honduras: