Nova plataforma promove trabalho de ONGs

Por meio da Ongaria, entidades do terceiro setor têm acesso a informações e divulgação

Capivarina, a "mascote" do projeto, aparece em todos os episódios para orientar membros do terceiro setor. (Imagem: Felipe Moreira/Reprodução)

Alunos do curso de Relações Públicas da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma plataforma de divulgação do trabalho de organizações não-governamentais (ONGs). O projeto, que nasceu como uma extensão das atividades feitas em sala de aula, já atendeu mais de 80 instituições desenvolvendo um plano estratégico de comunicação para elas.

A professora Mariângela Haswani é responsável pela disciplina “Relações Públicas e Comunitárias no Terceiro Setor”, cuja avaliação final dos alunos consiste em trazer ONGs para se apresentarem e elaborar um plano estratégico de comunicação para elas. “Há quatro anos passamos a filmar as instituições que vinham se apresentar, para ter como registro. Desde antes daquela época eu tinha vontade de fazer algo capaz de ser um repositório do terceiro setor, como forma de oferecer à sociedade o que fazemos aqui dentro da Universidade”, conta a docente.

Assim, Felipe Moreira, aluno do segundo ano de Relações Públicas, decidiu ajudar no desenvolvimento de uma plataforma que pudesse compilar todos os vídeos e oferecer serviços às organizações que buscassem ter mais visibilidade. Foi aí então que surgiu a Ongaria – a loja vitrine do terceiro setor, com uma proposta interativa.

A intenção era fazer do projeto algo lúdico, que passasse informações importantes de forma didática. Para isso, Felipe criou animações que explicam ao internauta sobre o funcionamento ideal do terceiro setor. A personagem principal é a Capivarina, a capivara bailarina, que tira a dúvida dos outros animais (pertencentes exclusivamente à fauna nacional) desse mundo fantástico.

Vídeo: A personagem principal, Capivarina, explica o que é a Ongaria neste vídeo de apresentação. (Créditos: Felipe Moreira)

Felipe conta que a implementação do projeto foi desafiadora. “Tivemos um mês de pesquisa prévia antes de colocar as ideias em prática, e encontrávamos poucas propostas similares a nossa. Ao longo desse processo, desenvolvemos também nossa filosofia institucional, e um dos valores é que a Ongaria é totalmente colaborativa. Por isso, toda a execução da proposta também foi cooperativa, desde a ideia em si até a dublagem e trilha sonora”, explica.

Para a professora Mariângela, a importância dessa iniciativa de extensão universitária é “divulgar o trabalho das ONGs, mostrar o que elas fazem e o quão positivos são seus resultados”. O terceiro setor é explorado como um todo, incluindo suas diversas associações, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), fundações e institutos sem fins lucrativos.

O episódio piloto da série de vídeos sobre as ONGs foi apresentado no primeiro Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes da USP e lançado no último dia 6 na página do Facebook da Ongaria. “Os alunos têm contato tanto com ONGs muito bem estruturadas quanto com outras completamente sem recursos. De forma geral, a maioria acata as sugestões do planejamento estratégico e conseguem melhorar sua visibilidade, o que traz ainda mais retorno para a sociedade”, ressalta a docente. Confira o primeiro episódio abaixo.

 

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