QUEM PIXA CONTA HISTÓRIA Uma introdução sobre a análise simbólica das pixações em São Paulo

Autor: Barbara Cristina de Campos Almeida Passeau
Ano da Defesa
2014

Resumo

Em uma sociedade cada vez mais individualizada, com interesses particulares e pagos com cartão de crédito, difícil termos uma expressão cultural que não se torne um produto da mídia ou do mercado. As subclasses expressam-se de forma mambembe e com pouca visibilidade - quando a conseguem, lhes é destituído o verdadeiro significado de sua fala. Na contramão dessa tendência, as intervenções no espaço público parecem retomar o discurso político (ou os diversos micropolíticos) na cidade, fortalecendo o sentimento de coletividade e, principalmente, da força popular em detrimento da obediência governamental unificada. A pixação, uma dessas vertentes contraculturais, parece passar por um novo auge que marca a retomada da voz popular dos marginais e sua insatisfação com o sistema vigente. O presente artigo pretende analisar essa voz de forma contextual, para que não seja calada por simplificações ou julgamentos técnicos.
Palavras-chave