Projeto Cartograffiti: Legalidade e Legitimidade na ocupação do espaço público

Autor: Alessandra de Melo Barros
Ano da Defesa
2015

Resumo

Este artigo propõe discutir e analisar o graffiti como objeto de intervenções e ocupação do espaço público. O graffiti, que inicialmente e durante muito tempo não havia distinção com a pichação, acaba assumindo outro viés com a profissionalização dos seus agentes e o recebimento de subsídios públicos e privados, mas preservando ainda o seu caráter transgressor e de protesto. Dentro do contexto da cidade – que acaba seguindo a lógica do mercado e consumo, ou seja, da desigualdade e de isolamento –, surgem movimentos das periferias, como o Imargem, responsável pelo Projeto Cartograffiti: Legalidade e Legitimidade. Através de intervenções urbanas (graffiti), convidam os passantes a olharem, discutirem e se apropriarem da cidade (“ver a cidade”). No entanto, embora contem, na maioria dos casos, com autorização e subsídios, esses movimentos ainda encontram problemas em relação a sua legitimidade e legalidade.