Referências de RCTs sobre máscaras faciais

Lista dos 7 estudos sobre a eficácia do uso de máscaras por pessoas sadias como meio de proteção

Suess et al. The role of facemasks and hand hygiene in the prevention of influenza transmission in households: results from a cluster randomised trial; Berlin, Germany, 2009-2011. BMC Infectious Diseases 2012, 12:26

http://www.biomedcentral.com/1471-2334/12/26

Principais resultados/conclusões: A análise dos dados mostrou que as intervenções (máscara facial ou máscara facial + higiene das mãos) não levaram a reduções estatisticamente significativas de infecções secundárias nos membros domiciliares.

MacIntyre et al. … Neil Ferguson. Face Mask Use and Control of Respiratory Virus Transmission in Households. Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 15, No. 2, February 2009

Principais resultados/conclusões: A análise dos dados randomizados não mostrou diferença estatisticamente significativa entre os grupos tratados e controle. Os autores sugerem que o uso de máscaras faciais não é, provavelmente, uma forma eficiente de controle de doenças respiratorias sazonais, mas mesmo assim recomendam o seu uso.

Aiello et al. Mask Use, Hand Hygiene, and Seasonal Influenza-Like Illness among Young Adults: A Randomized Intervention Trial. The Journal of Infectious Diseases 2010; 201:491–8 2010. DOI: 10.1086/650396

Principais resultados/conclusões: Foram observadas reduções significativas na propagação de infecções nas semanas 4-6 no grupo de “máscara + higiene das mãos” em comparação com o grupo controle. O uso de máscaras apenas não apresentou redução estatisticamente significativa. Porém, não houve redução significativa na taxa de transmissão de forma cumulativa em nenhum dos grupos.

Cowling et al. Facemasks and Hand Hygiene to Prevent Influenza Transmission in Households. A Cluster Randomized Trial. Ann Intern Med. 2009;151:437-446.

Principais resultados/conclusões: Houve redução na transmissão de gripe com ambas as intervenções (higiene das mãos ou máscara facial + higiene das mãos). A razão de chances no grupo “higiene das mãos” foi 0,46, ao passo que a razão de chances no grupo máscara facial + higiene das mãos foi de 0,33.

Simmerman et al. Findings from a household randomized controlled trial of hand washing and face masks to reduce influenza transmission in Bangkok, Thailand. 2011 Influenza and Other Respiratory Viruses, 5, 256–267

Principais resultados/conclusões: A transmissão de influenza não foi reduzida pelas intervenções (higiene das mãos ou máscara facial + higiene das mãos)

Larson et al. Impact of Non-Pharmaceutical Interventions on URIs and Influenza in Crowded, Urban Households. Public Health Reports / March–April 2010 / Volume 125.

Principais resultados/conclusões: Foram criados tres grupos: “higiene das mãos”, “higiene das maos + máscaras faciais” e “instrução sobre prevenção de doenças respiratórias”. Este último serviu como controle do experimento. A conclusão principal foi a de que não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao número de infecções respiratórias durante os 19 meses de acompanhamento dos envolvidos no experimento. Houve uma redução de infecções secundárias no grupo “higiene das maos + máscaras faciais” em relação ao controle (razão de chances = 0,82), ou seja, o risco de contrair a doença de um membro da família infectado foi 1,2 vezes menor neste grupo). Porém a aderência ao uso de máscaras foi muito baixa.

Aiello AE, Perez V, Coulborn RM, Davis BM, Uddin M, et al. (2012) Facemasks, Hand Hygiene, and Influenza among Young Adults: A Randomized Intervention Trial. PLoS ONE 7(1): e29744. doi:10.1371/journal.pone.0029744

Principais resultados/conclusões: Quando comparados ao controle, ambos os grupos de intervenção (máscara facial ou máscara facial + higiene das mãos) mostraram reduções cumulativas nas taxas de influenza durante o período do estudo, porém os resultados não atingiram significância estatística. O grupo “máscara facial + higiene das mãos” apresentou um risco 4 vezes menor em relação ao controle, o que não foi observado no grupo “máscara facial” apenas.

Uso de máscaras por infectados como método de limitação da propagação de infecções respiratórias

Canini L, Andréoletti L, Ferrari P, D’Angelo R, Blanchon T, Lemaitre M, et al. (2010) Surgical Mask to Prevent Influenza Transmission in Households: A Cluster Randomized Trial. PLoS ONE 5(11): e13998. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0013998

Principais resultados/conclusões: Não foi observada nenhuma tendência que sugerisse a eficácia do uso de máscaras, apesar da boa aderência dos indivíduos participantes do estudo ao uso de máscaras.

MacIntyre CR, Zhang Y, Chughtai AA, et al. Cluster randomised controlled trial to examine medical mask use as source control for people with respiratory illness. BMJ Open 2016;6:e012330. doi:10.1136/bmjopen-2016- 012330

Principais resultados/conclusões: Os riscos relativos do grupo mascarado foram menores do que o do grupo controle quando a infecção foi avaliada por sintomatologia, porém inexistente quando a avaliação foi exames laboratoriais. Além disso, não houve diferença estatisticamente significativa em nenhum caso.

Barasheed, Osamah, et al. “Pilot randomised controlled trial to test effectiveness of facemasks in preventing influenza-like illness transmission among Australian Hajj pilgrims in 2011.” Infectious Disorders-Drug Targets (Formerly Current Drug Targets-Infectious Disorders) 14.2 (2014): 110-116.

Principais resultados/conclusões: O grupo mascarado infectou 31% das pessoas presentes na mesma tenda, ao passo que na tenda onde não foram utilizadas máscaras pelos infectados, esse número subiu para 53%. Porém, esses dados foram baseados em relatos dos participantes do estudo, que reportaram os seus sintomas. Quando estes foram testados para a presença de 5 tipos de vírus que potencialmente poderiam causar esses sintomas, a diferença entre os grupos desapareceu.