[2018] SÁBADO PELA PRIMEIRA VEZ

Pela primeira vez a Festa do Livro da USP acontece também no sábado! Pra quem não conseguia participar de jeito nenhum nos anos anteriores, esta é a chance! Se você já veio nos outros dias e quer repetir a dose no fim de semana, livro nunca é demais! Mas temos mudanças importantes no sábado, então é bom se programar:

HORÁRIOS – Diferente de quarta, quinta e sexta, no sábado a Festa termina mais cedo, às 19h.

CAMINHO – Você só poderá entrar pela Portaria 1 da USP, no cruzamento da Av. Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga. Dentro da USP, a Av. Prof. Mello Moraes (a rua da Raia Olímpica) vai estar toda bloqueada: o caminho precisará ser feito pela Av. da Universidade e não vai ser possível entrar e sair da Festa pelo Espaço Laranja.



Quem conhece a Festa, sabe que ela costuma estar sempre muito, muito cheia. Pode ser que sábado ela fique ainda mais, então não deixe para a última hora!

[2018] UM APERITIVO DA FESTA

A Festa está chegando!

E você, já sabe um pouco do que vem por aí? São mais de 230 editoras neste ano pra você conhecer ou rever e, claro, milhares de títulos para escolher. A Festa é um momento de troca importante entre editoras e público, porque permite o contato direto entre ambos. Muitas vezes é possível conversar com o próprio editor, bater um papo sobre o perfil da editora, sobre aquele título que te chamou a atenção. Legal, né? Que tal ver destaque de algumas editoras?

Uma delas é a Dublinense, que se dedica a literatura contemporânea, humanidades e artes. Ela traz “O Alegre Canto da Perdiz”, da escritora moçambicana e referência em literatura feminina do país, Paulina Chiziane. O livro fala sobre as questões de Delfina como mulher negra e sua liberdade, sempre sufocada. “O leitor pode ter uma reflexão profunda sobre a questão racial a partir da perspectiva da mulher africana, produzida por uma autora pioneira e em seu país e, por sorte, no idioma original, o português de Moçambique”, diz o editor da Dublinense, Gustavo Faraon. A editora apresenta também “Ética e Pós-Verdade”, escrito por grandes nomes: Christian Dunker, Cristovão Tezza, Julián Fuks, Marcia Tiburi e Vladimir Safatle. “Quem busca uma visão crítica e mais complexa sobre um dos termos do momento, “pós-verdade”, vai encontrar abordagens distintas, a partir da psicanálise, literatura, filosofia e política, pensadas por grandes intelectuais brasileiros”, comenta Faraon.

“O alegre canto da perdiz”, de Paulina Chiziane.

Já a Solaris traz para o público obras com ilustrações raras sobre aspectos históricos do Brasil. A série Lembranças, que tem entre seus títulos “Lembranças do Brasil: As Capitais Brasileiras” e “Lembranças de São Paulo: O Litoral Paulista”, apresenta uma iconografia de cartões postais que datam entre 1895 e 1960, muitos deles pertencentes a colecionadores e estudiosos. Cada livro tem cerca de 500 ilustrações temáticas e que podem interessar a públicos de diversas faixas etárias. “A intenção é perpetuar valiosos acervos que de outro jeito não estariam disponíveis ao público, quase como um museu de papel, já que muitas das imagens correspondem a peças raras, únicas. O Brasil possui uma história muito rica, com acervos que conservam boa parte dela, e é necessário produzir obras que a perpetuem e sirvam de fonte de consulta permanente”, diz o editor da Solaris, Carlos Cornejo.

“Lembranças do Brasil: As Capitais Brasileiras”, de João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo.

A biografia de um dos maiores representantes da antropologia, “Lévi-Strauss”, é lançada pelas Edições Sesc. A obra, da historiadora francesa Emmanuelle Loyer, traz documentos inéditos do antropólogo e perpassa por toda sua vida, desde a infância até seu falecimento, em 2009. Com base em depoimentos, documentos reunidos no Brasil, Estados Unidos e Europa, e nas fichas do acervo pessoal do antropólogo, a autora traça a trajetória de Strauss e a formação de seu pensamento. Pinturas, bronzes e tecidos são alguns dos exemplos do que se encontra no título “China: Uma História em Objetos”, da inglesa Jessica Harrisson-Hall. O livro percorre os mais de 7 mil anos de história chinesa a partir de artefatos como roupas, joias e mobiliário, desde o período Neolítico até hoje. “Nosso catálogo se pauta pelas áreas referentes à cultura num sentido amplo, da filosofia ao teatro; da arquitetura à questão indígena; da sociologia às artes visuais entre outras. Em tempos tão sombrios para a cultura de maneira geral e, não por acaso, em particular para o mercado editorial, expor nossas publicações nesta feira é mesmo motivo de festa”, comenta a editora das Edições Sesc, Isabel Alexandre.

“Lévi-Strauss”, de Emmanuelle Loyer.

E não poderia faltar a Edusp, idealizadora da Festa do Livro. Completando a série “História da América Latina”, organizada por Leslie Bethell, o volume X, “A América Latina após 1930: Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil”, discute a experiência histórica de cinco séculos da América Latina. Os leitores que, além de história, se interessam por literatura russa, vão poder ver a influência dela no Brasil na obra “Dostoiévski na Rua do Ouvidor: A Literatura Russa e o Estado Novo”, em que Bruno Barretto Gomide faz uma análise da circulação dos autores russos no País e quais suas influências nas decisões políticas e nos ritmos da história e da cultura durante a Era Vargas. O autor fala também sobre o que era ler tais literaturas em um período autoritário.

“Dostoiévski na Rua do Ouvidor: A Literatura Russa e o Estado Novo”, de Bruno Barretto Gomide.

“São obras importantes em suas áreas de conhecimento e mostram a diversidade da nossa produção editorial, como o volume final de uma das coleções mais relevantes da editora, e a análise da recepção de um dos maiores escritores do século XIX no Brasil”, diz a diretora editorial da Edusp, Cristiane Silvestrin. O que mais será que você vai descobrir de fantástico nesta Festa?

[2018] MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA

[por Sofia Calabria]

Sobreviver a um dia inteiro na Festa do Livro da USP para os ávidos/as por leitura pode não ser tarefa assim tão simples, por isso, viemos te ajudar. Siga as nossas dicas e você vai curtir o evento numa boa e ainda voltar pra casa feliz e carregado/a de livros!

19ª Festa do Livro da USP, no ano passado (Foto: Sofia Calabria)

CHEGANDO À FESTA

Chegar à Festa não é nenhum mistério. Vamos lá: chegar de transporte público é muito fácil! Pegue a linha Amarela do Metrô (que faz baldeação com a Vermelha, na República, com a Verde, na Paulista, com a Azul, na Luz e com a esmeralda, da CPTM, na Pinheiros). Desça na estação Butantã e, no terminal de ônibus, pegue o Circular 1 (8012-10). Então, peça para descer no ponto do Bandejão da USP. Prontinho, você vai estar de frente pra Festa!

Prefira o transporte público: como o público da Festa é muito grande, estacionar perto das tendas acaba sendo mais difícil. Em todo caso, se vier de carro e não souber o caminho, pode procurar por “Festa do Livro da USP” no Google Maps ou no Waze.

No sábado, você só poderá entrar pela Portaria 1 da USP, que fica no cruzamento da Av. Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga. Dentro da USP, a Av. Mello Moraes estará bloqueada e haverá uma pequena mudança do ponto de ônibus, mas nossas dicas continuam valendo!

TRAJES E ACESSÓRIOS

Não é preciso trajes de gala nem esportivos para esta Festa! É sempre bom vir com roupas leves: as tendas têm climatizadores, mas estamos quase no verão! Pra aliviar o calor, vamos ter alguns leques com o mapa das editoras: basta pegar o seu! Passar repelente também é uma ideia interessante, já que às vezes os insetos podem incomodar um pouquinho… Prefira sapatos baixos e confortáveis, não se esqueça de trazer um guarda-chuva e de acompanhar a previsão do tempo.

ONDE COMER

Do lado de fora das tendas, entre o Espaço Verde e o Espaço Azul, você poderá encontrar food trucks que vieram especialmente para a Festa. Mas a USP tem várias lanchonetes. Ali pertinho, bem ao lado do Bandejão, tem o famoso “Uspão”, conhece? Se você for na parte da manhã pode ser uma boa pra você reforçar o café ou comer um lanche. Pro almoço, tem trailers com comida japonesa e mais lanches contornando a mesma rotatória onde está a Festa. Já na Brasiliana,  você encontra um café/restaurante em cima da livraria da Edusp. Nos prédios da FFLCH, da FAU e da ECA também existem opções e, mais perto do evento, tem um trailer que serve comida a um preço bem acessível ao lado da Faculdade de Educação. E, claro, nada impede de você trazer seu lanchinho de casa!

CUIDADO COM AS COSTAS

Você sai de casa pra ir à Festa, mas se preparou para o tanto de livros que vai trazer? Se você vai de transporte público, como voltar pra casa com a mochila lotada de livros ou as mãos cheias de sacolas? Cuide das suas costas e programe-se para o peso que vai levar de volta. “Eu recomendaria levar uma mala de rodinhas caso esteja planejando uma boa compra”, diz a professora de inglês Adriana Felici, 25. Como ela mesma disse, não corra o risco de amassar seu livro novinho em mochilas ou sacolas cheias demais. Acredite, muita gente segue essa dica e ajuda bastante!

PASSE NO BANCO

Cartão é tão prático que por vezes acontece de só levarmos ele. Todas as editoras aceitam cartões, mas e se algo dá errado? Vai ficar sem o seu livro? Não esqueça de levar dinheiro em notas também. Se precisar, vá dentro da USP mesmo: a Praça dos Bancos fica depois da Praça do Relógio, pertinho da Festa!

FAÇA LISTAS

Algumas pessoas preferem ir com um foco. Já olhou as editoras participantes? Faça uma lista dos títulos que te interessam e chegando ao evento é só procurar no mapa onde as suas editoras preferidas estão. Mas não deixe de olhar o resto, você certamente será surpreendido por algo que ainda não conhecia. “Gosto também de ir mais de uma vez. No primeiro dia, com bastante tempo, olho preços e livros que eu gostaria de comprar. Depois de escolhidos, no dia seguinte vou preparada pra comprá-los.” É como se organiza Carla Vieira, 27, assistente de educação infantil. E você, como vai se organizar para visitar a gente neste ano?