[por Sofia Calabria]

A menos de uma semana, muita coisa já está pronta para receber milhares de visitantes e mais de 230 expositores para a Festa do Livro da USP. São duas décadas sempre crescendo e cada vez mudando para uma casa maior e, se você já conferiu o evento, sabe o tamanho que ele tem hoje. Entre o dias 28 de novembro e 1º de dezembro, toda a estrutura estará montada pra te receber, mas já pensou o que tem por trás desse processo? São muitas pessoas envolvidas, muitos materiais (pesados!), todo um planejamento e logística para que no dia de abertura esteja tudo certinho.

Outros locais foram estudados para o local da Festa e, em 2015, a equipe conseguiu, junto à Prefeitura do Campus, o local onde é hoje, na Travessa C. “Tivemos muitos benefícios com a definição desse espaço, que, de nossa parte, está consolidado como ideal para esse evento”, conta o diretor administrativo da Edusp, Luiz Carlos Santana.

AS TENDAS

Elas levam cerca de 15 dias para montar e outros 10 para desmontar! Para a montagem, são necessárias mais ou menos 65 pessoas e cerca de 30 carretas! Mas todo o trâmite para que elas fiquem prontas e a Festa possa acontecer envolve até 300 pessoas!

Prepare-se para cair o queixo: entre ferros, madeiras, plásticos e climatização, os materiais somam, pasme, 137 toneladas!

Só de lona são 6.000 m²! Além de vários outros materiais, são 5 mil metros de cabos de energia e 150 mil placas de piso para você dar seus passinhos sem tropeçar.

“Acho que as tendas trouxeram muito mais conforto para quem gosta de apreciar a Festa. Você não precisa ficar amontoado para olhar os títulos, dá pra conversar com os vendedores, olhar as capas”, diz Amanda Rabelo, 30, jornalista funcionária da Poli.

CASA ABERTA NO SÁBADO

Se você é de fora da Universidade, é provável que visitar a Festa do Livro da USP sempre foi mais difícil. Até o ano passado, ela aconteceu somente durante a semana. Ainda que durante o dia todo (das 9h às 21h!), nem sempre os horários batem com a rotina de todos. Pensando nisso, a equipe responsável pela realização da Festa do Livro decidiu mexer uns pauzinhos e trazer o último dia do evento para um sábado, dia 1º de dezembro! Assim fica mais fácil para quem não consegue vir durante a semana e todos ficam felizes.

A professora Lilian Tavares, 37, que já foi aluna da USP, vê como positiva a nova data, especialmente pra quem tem dupla jornada: trabalha e estuda, além do trânsito da semana para o deslocamento. “Na semana em geral você está vindo de algum lugar, não sai de casa só pra isso. No sábado pode ser também um passeio de família. É o que estou pensando em fazer!”, completa.

E você, está pensando em vir no sábado também? Lembrando que se conseguir ir mais de uma vez, nunca é demais 😉

[por Sofia Calabria]

Já se vão duas décadas desde que, em 1999, a Festa do Livro da USP deu o primeiro ar da graça. Numa versão tímida, de dois dias e com apenas 31 editoras presentes, o evento idealizado pelo professor e ex-presidente da Edusp, Plinio Martins Filho, teve sua primeira edição no histórico vão da História e Geografia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da USP. Já no primeiro ano foi grande o sucesso e na sua segunda edição, ainda na FFLCH, a Festa passou a durar três dias.

A proposta, de início, era aproximar as editoras da Universidade: ter em seus catálogos livros que fossem parte das bibliografias dos cursos da USP era um dos principais critérios para convidá-las. Vem daí a escolha por chamá-la “festa”, em vez de feira. Como já disse o professor Plinio, para Festa somos convidados, e assim acontece com as editoras. Sem deixar de lado esse intuito acadêmico, a Festa foi ganhando mais notoriedade e, com isso, editoras com outros perfis passaram a participar, como as dedicadas a gêneros ficcionais e ao público infantojuvenil. Já o critério de preço sempre permaneceu o mesmo: todas devem dar no mínimo 50% de desconto, priorizando, assim, o público.

A Festa permaneceu até na FFLCH até é a sua 12ª edição, em 2010, tendo crescido tanto tem público como em número de editoras participantes. Mas o vão se tornou pequeno demais e a partir da 13ª Festa, o evento passou a ocupar não um, mas três prédios na Escola Politécnica (Poli). À época, o número de editoras participantes já havia saltado para 145. Após alguns anos, percebeu-se que o evento precisava estar mais conectado. Os prédios separados podiam diminuir a experiência do público e, além disso, era preciso um espaço no qual se pudesse circular mais livremente.

Então, em 2015, a Festa ganhou o local que tem hoje, próximo ao estádio do CEPEUSP, em três grandes tendas e, desde o ano passado, passou a durar quatro dias.

Até 2017 a Festa ocorria sempre durante a semana, mas em 2018 passa a acontecer também em um sábado, facilitando às pessoas de fora da Universidade ou que têm pouco tempo livre durante a semana.

CURIOSIDADES

TAMANHO – Inicialmente a Festa contava com 200 m². Em 2018 o evento terá mais de 4.000 m². Ou seja, ficou 20 vezes maior!

EDITORAS PARTICIPANTES – Ao todo, cerca de 200 editoras diferentes já passaram pelas edições do evento. Neste ano serão pelo menos 230 editoras. Contando os selos e as editoras integrantes de grupos editoriais, esse número salta para 260.

EXEMPLARES VENDIDOS – Desde que a Festa começou a ser realizada nas Travessa C, as vendas já superaram a marca de 1 milhão de exemplares. Imagina então nesses 20 anos!